terça-feira, 17 de setembro de 2013

Poesia de tijolo de barro cozido


A Poesia é como um pássaro extraordinário que vem cantar dentro da gente, mas é preciso deixar a janela aberta para ele passar por nós. Quem pensa prender a Poesia dentro de si segura poemas não a Poesia.

Eu já nem sei quando Ela chegou. Sinto-A antes mesmo de eu próprio ter vindo.Ela está sempre partindo e chegando. Às vezes, no meio da noite, acordo esquecido de mim e Sou o céu estrelado que sinto sob o teto. A Poesia é maior que eu.
 
Sempre bebo da Poesia no azul do céu sobre a cidade mas, às vezes, Ela se anuncia pelo comprimento das sombras, e quando, movimento-me para além do que meus olhos de terra podem ver. 

Falo e escrevo aonde não cabem palavras. Desejo versos que atravessassem a matéria. 

Aprendi que neste planeta a Poesia é feita de tijolos de barro cozido. Gosto de assentá-los em redor da janela. É de lá que eles se transformam em pássaros que partem para um dia voltarem atravessamdo a matéria. Para um dia voltarem como Poesia Luz.
 
Jairo Ramos Toffanetto
 

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