quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tarde monóxida

Trânsito pesado, afobado, tenso.
Tão feliz eu ia... com uma bicicleta às margens do Rio Jundiaí.
Águas turvas, ácidas, temerárias.
À meia-altura, andorinha voava um espaço de poema.
Céu metálico, chão sem sombras.
Segui-a rio acima. Era um passarinho, era a Poesia.
Puro, puro monóxido de carbono.

Jairo Ramos Toffanetto

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