segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os sinos de Natal (parte 1)


Neste mês de dezembro estou relacionando as coisas boas e nem tão boas ocorridas comigo de janeiro para cá, separando-as, fazendo uma média, computando o resultado, todavia, o cérebro não quer se dar este trabalho, e achando que tudo sabe, apronta um resultado, afinal, ele vive antenado a um mundo ligado no automático, exigente de respostas extremamente rápidas, cada vez mais velozes. É preciso um pouco de paciência, forçar-se a pensar. E ele me apresenta miríades de cenas vividas como que me dizendo que não há como lutar com ele.

Silencio-o isolando uma a uma, e nelas busco o sentimento de hoje, e que é bem diferente do sentimento original da cena. É quando você constata seu crescimento desde então. Mas se o sentimento da cena passada é o mesmo de agora, significa que você nada evoluiu. O seu cérebro lhe diz para não se importar com aquilo. Relega-a como um lixo mental, mas se realmente fosse lixo, o inconsciente já teria apagado a cena. A cena persiste porque há uma carga emotiva a ser esvaziada. Olho-me bem. Pergunto-me se ainda preciso daquilo tipo de experiência.

Enfim, você só saberá da superação daquela cena quando tiver a paz como resultado de uma situação semelhante àquela. Enquanto não gerar paz é porque o desafio continua de pé, prestes a te dar mais uma rasteira. Enfim, uma oportunidade que sempre aparece para a superação daquilo que te incomoda, mas é preciso estar atento porque ela chega sorrateiramente. Se você não estiver preparado para reconhece-la, pode, num zás, por tudo a perder. Procuro acertar para não falhar mais uma vez comigo mesmo e com as pessoas em redor, especialmente com aquelas que realmente gostam de você. O vencer de tais desafios abre espaço para que o novo possa ocorrer, e é o que torna mais visível o caminho que te leva aonde se quer chegar, do contrário, estaremos parados, congelado no tempo, sonhando numa estação de trem.

Jairo Ramos Toffanetto

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