quinta-feira, 17 de março de 2011

Efeitos dos antídotos à Poesia - s4

Antídotos do Dr. Ramos:
Ligar-se na política nacional desde Brasília e ouvir a radiofusão da “Hora do Brasil”. Dar suporte ao antídoto acessando todo tipo de noticiário, inclusive o policial. Utilizar as horas ociosas para ficar junto a um cruzamento de trânsito pesado da cidade.

       - Tomei o antídoto conforme sua prescrição, doutor. Como já lhe disse, seus antídotos não funcionam, e porque? Veja o resultado:

Op. 19

Em céu aberto e sol:
luta, chicote, flagelo.
Relampeja breu

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       - Tem mais algum?
       - Olha doutor, foram muitos os haicais compostos. Acho melhor comprar o meu livro.
       - Mas... já está em livro!
      - No prelo, doutor, no prelo, mas já com registro atualizado na Biblioteca Nacional por uma questão de direitos autorais.
       - E sobre o cruzamento de trânsito, o antídoto lhe provocou alguma inspiração.
       - Ah, este eu trouxe escrito para você ver, e lhe empurrei um papelzinho escrito à lápis.

Op. 22

“No Semáforo”
...vrem vrem vrem vrem vrem...
- Vem verde! ...vrem... vem, vem verde!
vrem VÃO VÃO VÃO vruumm...

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Daí prá frente, o Dr. Ramos me oferece uma proposta de trabalho sobre a qual eu estarei, na próxima postagem, compartilhando-a com os amigos .   

Jairo Ramos Toffanetto

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