sábado, 25 de junho de 2011

O novo é mais antigo que a criação propriamente dita.

Nosso coração é um pedacinho de um só grande coração, grande e luminoso. Nossa chegada ao planeta é o ponto da volta, da partida. Alguns adiam-na por mil, por cinco mil anos - uma questão de evolução. Outros o trocam por um coração de pedra. Muitas destas pedras rolam para um longo buraco negro e se perdem no outro lado da galáxia. Dá pra vê-los daqui, e através de seus olhos brancos, sem a íris e cheios de moscas. São gente nociva à vida, adoece tudo o que toca. É fácil identificá-los, pois por primeiro chegam as moscas. Enfim, tem aqueles que se tornam aprendizes do Jardineiro e conseguem tirar rosas do coração para dar ao outro. A existência destes é o que justifica a vida no planeta. O novo é mais antigo que a criação propriamente dita.

Jairo Ramos Toffanetto

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