quinta-feira, 14 de julho de 2011

EMPRESAS - ELEMENTO DESAGREGADOR

Formamos verdades pessoais a partir das interpretações de tudo o que ocorre no meio em que estamos e dos valores que lhes atribuímos. Nem sempre, ou quase nunca, buscamos as razões destes fatos, e ainda que as encontrássemos, a verdade resultante ainda estaria sujeita a novos elementos a compor novas razões, afinal nada é igual e tudo está em permanente transformação. Elas são, portanto, relativas. O pensamento humano é relativo.

O indivíduo que busca o maior número destas razões terá uma clareza maior nas relações. A razão do porque alguns monopolizam as atenções em torno da sua verdade pessoal é a vaidade e não porque pensa. Outros o interpretarão como um chato.

Num ambiente competitivo de trabalho ele não apenas monopolizará as atenções como buscará poder. Poder para criar domínio sobre as ações dos outros. Pode ser útil para tirar os demais da zona de conforto, todavia, como os demais também o interpretam e lhe atribui juízo de valor, por maior que seja o seu poder, sempre será nominal, relativo, e com prazo de vencimento.

Pessoas que não se integram a pessoas é porque seu egoísmo é muito grande, doentio. Ela não compreende o outro porque não compreende a si mesma. Luta para transformar suas verdades internas, relativas, como absoluta para os demais e nisto inclui tolher, sufocar, massacrar as pessoas. O que mais fazem é
desumanizar o meio. Só os mau amados desalmados podem fazer isto com tanta competência.

Só o amor compreende, dizia Pascal. Pessoas que amam vão ao encontro do outro, integra-se a ele na solução dos problemas. O amor liberta as pessoas despertando-as para o bem em comum, nunca se desgasta, e como dizia Saint Exupéry, quem ama é responsável por quem cativa. Assim posto, fica fácil identificar os elementos desagregadores, os quais, pela saúde emocional das empresas, devem ser interditados.  

Jairo Ramos Toffanetto

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