sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mário Quintana - Ano Novo e meu poema ao poeta da delicadeza e da doçura

Foram-se as champanhes e demais beberagens de fim de ano.
O ano novo já fez treze anos (dias) de vida a equivaler
uma década de história para contar ou apagar.
Eu continuo bebendo porque eu bebo sim,
bebo o mais caro e delicioso dos vinhos.
Um tinto suave sem envelhecimento porque eterno.
Sem rótulo e não engarrafado.
Um vinho que não não cabe arrolhá-lo.
Nada gruda nele, nem rótulo.
Bebe-se direto do tonel.
Não embriaga, mas de leve levitação.
Não procure saber a safra, a conta dos dias.
Tem gosto de céu azul azulzinho.
´Veio da plagas de Alegrete e é vinho do Porto.
De Porto Alegre porque foi lá que se montou adega.
Meus amigos, convido-os ao "sapore".
Venham comigo para um golinho
daquele que cabe debaixo da língua
e os lábios sorriem.
Um golinho de mais néctar que vinho,
Um golinho de "Quintanares".
Vamos beber?
JRToffanetto
  
 O Ano Novo
ainda não tem pecado:
É tão criança...
Vamos embalá-lo...
Vamos todos cantar juntos em seu berço
de mãos dadas,
A canção da eterna esperança."
(Mário Quintana)



Dá até pra adivinhar o que Mário Quintana carregava ao lado esquerdo do peito na primeira feira do livro em Porto Alegre (1962).
Só não sei de que adega. Um Drummond, um Bandeira, talvez. Talvez... Ninguém sabe o que o poeta põe no copo. Uma coisa eu sei: tudo o que ele carregava não tinha peso.(JRToffanetto)


Jairo Ramos Toffanetto

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