domingo, 25 de março de 2012

O carregador de coloridas bolas e brinquedos infláveis


Empurrando minha McLaren em frente da Igreja da Vila Arens, vi o personagem das fotos que tiraria logo mais. Primeiro eu precisava sacar a máquina fotográfica e lhe inserir a bateria e, depois, correr para não perder a foto que deveria ser tirado com o personagem no meio do trânsito daquela manhã de sábado (ontem), e ele já ia se distanciando. Eu já estava correndo quando uma mulher toca o meu braço com sua mão gelada tentando me parar para que eu lhe desse uma moeda. Respondi-lhe "Agora não posso", e tirei esta foto onde uma criança (aparece) se volta para mais uma espiadela no personagem:


Corri até a esquina em frente ao estacionamento do Supermecado e... mais outra foto.  Depois olhei na direção aonde estava a pedinte de mão gelada e não mais a vi.


Ao editar as imagens, pensava em algum texto, talvez valorizando a garra deste pictório personagem de cabelos brancos... do olhar atento da criança.. Daí me lembrei da pedinte, sua mão gelada e mole, sem forças. A moeda que eu lhe desse talvez não esquentaria sua mão, nem o seu coração. Fotografado em minha memória ficou a imagem desalentadora do seu rosto sobre um corpinho esquálido. Deus a proteja.

Minha McLaren e eu.

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