sexta-feira, 22 de junho de 2012

Empresas sobre a égide de mentes comuns



Porque trabalhamos?
“Trabalhamos porque o mundo não está terminado,
e cabe a nós desenvolvê-lo”
(Joan Chittister)




Nas empresas, é comum verificar que muitas pessoas trabalham desconectadas do que estão fazendo e do ambiente em torno, das metas a serem alcançadas ao modo individual ou em grupo, e das novas e imperiosas solicitações do momento. 

Porque esquivam-se dos problemas, estão sempre faltantes de solução. Quando se movem fora da rotina vão a contra-gosto e apenas sob comando superior. Nada mais dão de si. São faltantes de atitude responsiva, e se cobrados dela, encontram as mais descabidas justificativas. Dizem não dar um passo a mais porque não é sua função ou porque não são pagas para isto, e que garantem fazer a parte que lhes cabe, o que quer dizer: "nada além disto". Por não possuírem existência própria, fecham-se em auto-defesa, optam pelo mutismo, e quando desafiadas respondem com a mente do grupo, no automático. Sofrem do mal da estagnação do eu. Eis as pérolas mais comuns da boca destes:

- Ah, isto não é comigo.
Procurando iludir quem os puxam para a atividade, representam-se como por dentro da solução, e minando aquele que precisa de ajuda, dizem:  
- Isto é da parte do fulano e do sicrano. Porque você não fala com eles?

Por muito tempo este tipo de “não atitude” era classificado como “falta de comprometimento para com o trabalho e para com a empresa" e que foi vencida pelo cansaço, desgastando-se pela mente comum das justificativas vazias ou da dessimulação. Perdeu a força de expressão capaz de gerar conflito interior no indivíduo e levá-lo (provocar) a uma mudança de comportamento. Deixou de gerar aprimoramento do e conseqüente desenvolvimento profissional e pessoal. Antigamente dizia-se direto ao assunto: "fulano é preguiçoso". 
 
Gente predisposta a servir são melhor resolvidas como indivíduos e, por isto mesmo, são exemplares (no comum são tidas como "puxa-saco"), pois continuam indo ao encontro do outro com o melhor de si para dar, mas não são acompanhados pela mente do grupo. 

Aqueles que não se integram ao trabalho, trabalham na desintegração da empresa. São elementos desagregadores que atuam na desintegração profissional, social e humana, nocivos para o bem em comum de qualquer negócio.

Aquele que não não dá algo a mais para o seu trabalho e para o do outro, não cresce como profissional e ser humano. Integrar-se à empresa é romper os limites da experiência para favorecer o bem em comum do trabalho, é sair da rotina, sair da zona de conforto para juntar as mãos, é fazer parte do processo. Deixar de trabalhar só para si (pelo salário ao fim do mês) significa ampliar a visão para aumentar seu campo de ação. É colher resultados não só para si, mas também para o todo (colegas, empresa, clientes, sociedade.,


Os que recusam este "integrar(-se)" são facilmente identificados como os que mais reclamam. Recusam a ação de avançar, de ir para a melhor solução que possa caber. Nada criam ou projetam, nem contribuem ou produzem, ou transformam. Tornam o seu ambiente de trabalho como "Meia-Boca e Cia." Participar no mínimo é contribuir com nada, e ainda se apresentam como carentinhos (leia-se "carentes") e dão sintomas de excluídos.

Os “conectados” (leia-se: integrados) estão sempre se perguntando aonde poderiam melhorar em cada atividade. São pessoas atentas ao seu trabalho e ao enredor, desconhecem rotina porque amam tudo o que fazem, são exemplos de conduta e de vibração inspiradora a ser seguida. Reconhecem seus limites e tudo fazem para os superar, inclusive pedindo ajuda quando necessário. São gente de boa fé. Fé que os põem em movimento com a força de mover montanhas. Gente, equilibrada, cheias de entusiasmo do bem servir. Para estes, o trabalho é vida.

Como conectar os desligados ao processo evolutivo do meio ambiene de trabalho? Bem, isto já é assunto para uma nova postagem.

Jairo Ramos Toffanetto

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