segunda-feira, 23 de julho de 2012

Boca da noite (reedição)

Postagem de 09.07.2010

Boca da noite
foi como poetas lá da roça
chamaram a transição crepuscular
seguida pelo canto dos sapos.
Valsinhas brasileiras tem muito
deste gosto do belo em anfíbia melancolia*.

Príncipes e princesas saem do charco como lírio.
É preciso muito trabalho interior
para conquistar o reino de si mesmo ou...
vivas ao Sapo-Rei e a Dona Preguiça!
Vivemos em tempo do despertar,
em tempo de acelerar a evolução.

O berço é esplêndido.
O caminho é longo e macio, mas...
criamos o calçado por causa dos espinhos.
A meia-noite não é escura, é blue.

Jairo Ramos Toffanetto

* Ánfíbia melancolia:
A belíssima composição musical "Abismo de Rosas"
(http://poemas-de-sol.blogspot.com/2011/07/abismo-de-rosas-americo-jacomino-o.html) diz muito do que chamei chamei de anfíbia melancolia (ver acima). Um sentimento nacional (nosso) que hoje só parece viver através da arte.

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