sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A vida é um altar de oferendas, é Luz

 




A poesia é luz que passa por você e segue adiante.

Dadivosa, ela sempre vem acompanhada de um presente, um dom para a vida.

Se a tua alma estiver quente e úmida do sentimento que dá sim para a vida, um trovão distante lhe anunciará o arco-íris.

Quando a alma está muito úmida, o arco celeste estará duplicado.

Todo arco-íris vem do além linha do horizonte.

Tudo é fenômeno, e o que não for é parecido com morte. Morte enquanto anti-vida.

A morte é um fenômeno e também é um presente, um dom para a vida. O tudo é sempre mais, infinitamente mais.

Quem tem medo da morte tem medo da vida.

Quem canta a vida passa pela morte cantando.

A Poesia vai passando e presentes são deixados para a vida.

O resultante do que se pôde integrar e transformar é o presente que você pode oferecer para a vida, uma retribuição à Luz.


Óleo sobre tela, 1980 - por Jairo R. Toffanetto


A vida é um altar para oferendas.

A arte é um sacerdócio da luz. O artista é seu instrumento, um cristal por onde a luz passa e segue adiante. Somos artistas da vida.

Sem conduta filosófica esta luz não passa.

Criatividade é todo estado poético filosófico.

O Caminho vem da Harmonia Cósmica. Viemos para pegar o Caminho de volta para a Luz, de volta para a casa do Pai.

Dar-se como Poesia é presente para a Luz que passa. Uma reverência em razão do quanto se pôde dela integrar.

Todos os que vivem na Luz são poetas.

Todo poeta é aprendiz do Jardineiro.

O poeta prepara a terra, o Jardineiro cuida da florescência.

O portão do jardim ainda está aberto. Se há um botão velado em você, o Jardineiro te leva até o portão. É preciso atravessá-lo.

Sem luz não há Poesia, ou apenas arremedos, versos inócuos.

O Belo é luz, a arte decorre.


Jairo Ramos Toffanetto

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