sábado, 17 de novembro de 2012

Atenta desatenção


Em termos visuais, a linguagem de hoje é de impácto, afinal, com tantos recursos de edição e acessos por todas as vias, desde a rua, que elas se sobrepõe à força, uma sobre a outra e, no fim, o que fica? Há muita criatividade neste meio, e a Internet prova isto, mas como são milhões de imagens, banalizam-se ao olhar.


Há muita criatividade neste meio. A Internet prova isto, mas como são tantas... 


O sentir lhe dá o objeto da atenção sem que você precise separar coisas. Coisas comuns duram um instante e se esquece. Com algumas muito rapidamente pecamos por a colocarmos sem pensar no mesmo saco descartável. Talvez nada seja "coisa". O olhar que se condiciona e se banaliza sob nossa permissão iludida.


Mas se você a vê como da primeira vez, sempre sentirá algo a remodelar o meio interno/externo. 


Por-se em movimento é chave a abrir novas portas. E como dizia o poeta do além mar "Tudo cabe quando o coração não é pequeno".


O que te toca? O que te abre e expande, sente e eleva, o que te gera paz, promove integração para além da realidade comum? O que é paz para você? Obviamente isto remete à construção do olhar (leia-se sentir) no se deixar sentir fora do tempo e espaço, afinal existe algo maior que nossas vãs conjecturas e que pode estar em nossa atenta desatenção, o estado de vácuo, no adimensional do aqui/agora.



Nota: Fotos do meu terraço na tardezinha de ontem.

Jairo Ramos Toffanetto

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