sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Os sinos de Natal (parte 1 e 2 - reedição)


Os sinos de Natal (parte 1):

Neste mês de dezembro estou relacionando as coisas boas e nem tão boas ocorridas comigo de janeiro para cá, separando-as, fazendo uma média, computando o resultado, todavia, o cérebro não quer se dar este trabalho, e achando que tudo sabe, apronta um resultado, afinal, ele vive antenado a um mundo ligado no automático, exigente de respostas extremamente rápidas, cada vez mais velozes. É preciso um pouco de paciência, forçar-se a pensar. E ele me apresenta miríades de cenas vividas como que me dizendo que não há como lutar com ele.

Silencio-o isolando uma a uma, e nelas busco o sentimento de hoje, e que é bem diferente do sentimento original da cena. É quando você constata seu crescimento desde então. Mas se o sentimento da cena passada é o mesmo de agora, significa que você nada evoluiu. O seu cérebro lhe diz para não se importar com aquilo. Relega-a como um lixo mental, mas se realmente fosse lixo, o inconsciente já teria apagado a cena. A cena persiste porque há uma carga emotiva a ser esvaziada. Olho-me bem. Pergunto-me se ainda preciso daquilo tipo de experiência.

Enfim, você só saberá da superação daquela cena quando tiver a paz como resultado de uma situação semelhante àquela. Enquanto não gerar paz é porque o desafio continua de pé, prestes a te dar mais uma rasteira. Enfim, uma oportunidade que sempre aparece para a superação daquilo que te incomoda, mas é preciso estar atento porque ela chega sorrateiramente. Se você não estiver preparado para reconhece-la, pode, num zás, por tudo a perder. Procuro acertar para não falhar mais uma vez comigo mesmo e com as pessoas em redor, especialmente com aquelas que realmente gostam de você. O vencer de tais desafios abre espaço para que o novo possa ocorrer, e é o que torna mais visível o caminho que te leva aonde se quer chegar, do contrário, estaremos parados, congelado no tempo, sonhando numa estação de trem.


Os sinos de Natal (parte 2):

Sugiro começar pelo mais difícil, isto é, pelas coisas boas. Aquelas que te fizeram feliz e, especialmente, as que geraram paz nos diferentes meios em que você esteve agindo para um mundo melhor.

Disse que eram as mais difíceis de relacionar porque são coisas das quais nem nos damos conta. Então... comece arrolar quantos corações você tocou neste ano.

Olhe para traz, veja as marcas que você deixou pelo seu caminho. Um rasto de estrelas? Quem me dera ter certeza disto... Tenho mais trezentos e sessenta e cinco dias para me tornar melhor do que fui neste ano.

Quero os sinos de Natal soando dentro de mim, permanentemente, e quem sabe fazer soar o mesmo sino que há nos corações das pessoas, pois eu digo que no decorrer deste ano, mais do que nunca, meu coração foi tocado por muita gente que vieram até à minha família soando este sino.
 
(Parte 1 em 13 de dezembro de 2010
Parte 2 em 23 de dezembro de 2010)
 
Jairo Ramos Toffanetto

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