terça-feira, 25 de junho de 2013

Kaori Muraji plays Villa-Lobos: Etude No.1エチュードNo.1



Kaori Muraji (村治佳 é uma violonista clássica japonesa nascida em 14 de abril de 1978

Orlando Fraga em seu ensaio "OS 12 ESTUDOS PARA VIOLÃO DE VILLA-LOBOS: COMO OS
MANUSCRITOS PODEM INTERFERIR NA INTERPRETAÇÃO (http://www.embap.pr.gov.br/arquivos/File/eventos/orlando.pdf ) escreve:

(...)A revelação ao público em 1992 dos manuscritos dos 12 Estudos para Violão
de Heitor Villa-Lobos, tem levantado algumas controvérsias por conta da inconsistência de texto entre esses mesmos manuscritos e sua versão impressa. Até a presente data, cinco diferentes conjuntos de manuscritos em variados estágios de acabamento são conhecidos.(...)
 
(...) De acordo com Donga, um dos mais influentes chorões do seu tempo

"...Villa-Lobos era alguém que podia sempre improvisar e que também era um
bom instrumentista. Tocava peças clássicas difíceis que exigiam uma boa
técnica e constantemente praticava para melhorar sua execução."
 
(...)Esta habilidade seria determinante mais adiante na maturidade do compositor, pois sua música para violão emergiria justamente desta capacidade de improvisação. Villa-Lobos sempre compôs diretamente no instrumento. Talvez exatamente por esta intimidade com o instrumento ele pôde criar uma música para violão tão original e ao mesmo tempo tão marcante para o mundo violonístico. Entre solos e câmara, Villa-Lobos escreveu mais de 40 peças para violão. Também realizou algumas transcrições, que incluem trabalhos de Chopin e a Chaconne de Bach. (...)
 
(...)A importância dos 12 Estudos para violão de Villa-Lobos
foram as primeiras obras modernas de concerto significantes, antecedidas apenas pela Homanaje pour le Tombeau de Debussy de Manuel de Falla (1920) e se mantém deste então como repertório obrigatório tanto pelo seu valo técnico quanto estético. Os 12 Estudos também representam uma síntese do pensamento estético de Villa-Lobos.(...) 
 
"(...)Contudo, um evento que ocorreu muito antes da publicação dos Estudos mudaria para sempre sua história. Em 1936, Villa-Lobos terminou seu casamento com Lucilia Gimarães. Consternada, Lucilia deixou a residência do casal, levando consigo tudo quanto era possível, incluindo uma pilha de manuscritos. Entre estes, um conjunto completo dos 12 Estudos. Em 13 de dezembro de 1991, muito depois da morte tanto de Lucilia quanto de Arminda (segunda mulher de Villa-Lobos) estes manuscritos foram doados ao Museu Villa-Lobos por membros da família Guimarães.
 
O material foi então indexado e disponibilizado em maio de 1992. Ao mesmo tempo, outro conjunto de manuscritos mantidos pela Éditions Max Eschig, veio a público. Nos últimos anos um certo número de artigos, ensaios e teses vem tentando com diferentes graus de sucesso, filtrar os manuscritos em relação à edição oficial. Alguns equívocos foram cometidos como conseqüência de técnicas de pesquisa equivocadas ou a falta de compreensão da vida de Villa-Lobos e as vircunstâncias de sua música.
Outros são quase inevitáveis, como a falta de familiaridade com língua portuguesa por parte dos pesquisadores e do quase total desconhecimento do meio musical brasileiro (para os estrangeiros). São muitas inquietações e não será possível respondê-las todas. O que é curioso, entretanto, é que talvez nem o próprio Villa-Lobos fosse capaz disso. Ele era conhecido por deliberadamente confundir os seus interlocutores.(...)"
 

 

 







 

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