sábado, 7 de março de 2015

Afinal, de quem a Dilma é presidente?


FotoJRToffanetto



Enquanto todo mundo vê um país inteiro assaltado por descarados que se locupletam criminosamente com o dinheiro público de cidade a cidade, e pior, em companhia de uma bandidagem sem fim de políticos instalados como ratos no Congresso Nacional a favorecer interesses escusos para encaminhar aos seus bolsos o dinheiro do mais pobre cidadão, temos acima a imagem de...

...um homem de bem que vem pro meio da rua defender, com muita dignidade, seu pão de cada dia, mas que pode ter seus objetos apreendidos a qualquer momento porque não paga impostos, impostos que vão para o governo e deste para os bolsos de uma horda de larápios de plantão.

Ontem, ao fotografá-lo, senti-me orgulhoso ao ver o retrato da criatividade do brasileiro comum. De visão empreendedora, seu alvo é o público feminino. Atrai-o com coloridas e atrativas sombrinhas elegantemente alinhadas e, na frente delas, uma banca com pães caseiros.

A mulher que compra a sombrinha não deixará de levar um pão pra casa. Mas se num dia tórrido destes ela comprar o pão, dificilmente deixará de levar a sombrinha. Um negócio de sucesso certo. O homem que leva um pão para casa também será tentado comprar uma sombrinha de presente para sua mulher. Uma alegria. Uma felicidade.

O ponto é estrategicamente invejável. Basta esperar a chegada dos trens que a cada quinze minutos chegam de São Paulo e de demais cidades vizinhas com um aluvião de gente passando pela sua banca a caminho do terminal de ônibus da Vila Arens. Pena que eu não pude esperar para constatar isto mas... bastou-me o registro desta imagem às 07:17 h de hoje. Diz o dito popular “Todo santo ajuda quem cedo madruga”, pois creio que hora depois ele terá vendido tudo o que trouxera para ali, e antes que seja denunciado pelos comerciantes em redor.

Não tenho dúvidas que o salário de um homem deste deveria ser o mesmo dos deputados e senadores, os quais haveriam de aprender viver com o que este vendedor de pães e sombrinhas ganha, e a valer como um pré-requisito de candidatura para a dimensão do cargo político que se pleiteia.

Queria ver o deputado federal José Genoíno aprendendo catar latinha pelas ruas da cidade antes que sua gostosa prisão domiciliar fosse relaxada no dia de ontem. Depois de pego num aeroporto com dinheiro enfiado na cueca, aonde mais ele enfiará nosso dinheiro? Que esquema o aguarda por trás das cortinas do poder? Mas o partido da Dilma tenta transformá-lo como herói. Coitadinho... uma injustiçado, um vítima inocente. Pergunte ao vendedor de sombrinhas se ele acredita nisto.

Enfim, de quem a Dilma é presidente? Não me parece que este vendedor de sombrinhas fica à espera de esmolas como salário família ou cesta básica, ou do salário que o governo paga para desocupados como homossexuais (masc. e fem.), prostitutas e bandidos na cadeia. É o fim do mundo.

(JRToffanetto)

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