domingo, 26 de junho de 2016

Postcards de Atakama (de Mário Bortolotto) - Meu parecer em preâmbulo, o resto decorre


Diante da seriedade do contexto das duas peças – nem tão aparente em “Potscards de Atakama” porque escacancaradamente niilista –, na plateia pra uns vinte lugares não poderiam faltar os indefectíveis basbaques “risadinhas de plantão”, assim como outros tipos suspeitos, como um coroa, eu, e pior, shakespearizado por sonetos mas, sobretudo,  fiel a princípios eternos; o Yuri (24 anos de idade), ardente defensor do sonho, da felicidade de ser e estar, e não por acaso, reverente  à Poesia e não a poemas, ao Belo, à Grandiosidade.

Desafetos à tragédia, mas não aos conflitos e ao sofrimento enquanto princípio evolucional, passeamos por sorumbáticos subterrâneos, miasmáticos meandros da condição humana sem saída que a mantém no labiríntico fosso abismal, e por janelas lacradas, portas arrancadas e peitos fechados, olhos selados mas... nenhuma luz, um relâmpago no acreditar que vale a pena viver, no vencer o desafio para ser feliz através da segurança de suas emoções (?). O fato é que o Bortolotto não deixa passar um fio de luz, ou, pelo mesnos, nestas duas peças (a outra que vi já foi comentada aqui no meu blog (Link).


Estou aqui para trazer o belo mas, se me sentir necessário no ponto útil da necessidade, disseco, mesmo sem prazer, estes “postcards”.


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