quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Tal pai qual filho (Crônica fotográfica) _JRToffanetto

Ouço alguns gotejões caindo sobre o teto do carro estacionado em uma praça. Apresso-me e saio para me encontrar com a Regina duas ruas acima, alto da Vila Mariana(Clementino). Uma abelhinha passa por mim e pousa sobre o teto. Encontra um gotejo e pára pra beber. Nem deu tempo pra eu tirar o celular de dentro da pochete de cintura e a abelha se encaminha pra outra poça. Voaria dali a qualquer momento, deduzi eu. Disparei vários instantâneos sobre ela, um seguido ao outro e...

...e de repente ela sumiu do foco, voara dali. Ao conferir o recém fotografado descobri que eu congelei a imagem de ela alçando voo. Nunca eu poderia imaginar que isto se dava em vertical, possivelmente seguido de um pulo de arremetida (será mesmo?!), e tão rápido que as vistas não acompanham.


Bem, encontrei-me com a Regina e o meu filho Yuri na lanchonete "A Cor do Café" (Rua Pedro de Toledo esquina com a Leandro, e o Yuri já começa me fotografar de tudo quanto é jeito só pra ele depois rir de mim com a Regina. 

12:00h e dali seguimos para o nosso segundo e principal destino do dia. Abafamento local e irradiação solar pelo teto fosco. 35oC com sensação térmica muito maior. 

O Yuri não pára com a brincadeira de me fotografar. Fui ao bebedouro e o percebi, mais a Regina, rolando de rir com as fotos que ele passava e repassava qual álbum de figurinhas. Fui pra junto deles para "acabar" com a farra, quer dizer, mais e mais risadas.

Como a sede era insaciável, voltei ao bebedouro para mais um copo. Então me lembrei da abelhinha e, voltando-me para eles, disse para o Yuri em tom desafiador:

- Olha aqui. Vou testar se você é rápido no gatilho. Farei um único gesto com este copo de água e você terá um rápido instante para me enquadrar e fotografar sem perder a cena porque não haverá outra chance, ok?!
  

E não é que o filho é tão bom quanto o pai?
E olha que eu só não saí voando por causa do teto em acrílico.

(JRToffanetto)

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